quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Divino E O Assassino (13/08/05)

Sou aquilo que arrebenta as correntes...
Que destrói o aço
E corrompe a mente.
Sou aquilo como vento e chama...
Lâmina quente
Que arde e inflama.
Sou aquilo que embebeda os sentidos...
Cega a razão
E desperta a libido.
Sou aquilo que perturba e acalma...
Que tensiona o corpo
E liberta a alma.
Sou aquilo como prazer e dor...
Suor gelado...
Frieza e calor.
Sou aquilo que dança como fogo...
Te envolve em seda
E faz o jogo.
Sou aquilo que é ácido e doce...
Pudim de leite
Cortado a foice.
Sou aquilo que se apossa e invade...
Loucura extrema...
Poder e vaidade.
Sou o gemido agudo de uma guitarra...
O som elétrico...
Canto de cigarra.
Inconsciente! Sou bem e mal...
Um beijo na face...
Sangue e sal...
Sou a droga! O Sedativo!
Que te mata aos poucos
E te deixa vivo.
Sou a flor! Sou a abelha!
Cacos de vidro...
Pedaços de telha.
Sou serpente, ave e felino!
O caçador...
O dom divino.
O Grito livre de um violino...
O salvador!
O assassino!

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