quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Lambe-me A Face
Ela vem
Brisa do inferno
Com seu beijo Terno
A me lembrar que o céu não existe
Lambe-me o osso
E eu deixo que me cace
Que sinta o gosto!
E o que tem? Que me arrisque!
Vem como mel
Adoçando cada arranhão
E me lança ao chão
De antemão
Com fogo e paixão
E me rasga as entranhas
Estranha?
Me arranca o medo
E me recheia com pó
Me desata cada nó
Da garganta ao fim
Em silêncio... Assim!
Impedir? Que me rabisque!
Que me cubra com açúcar e devore cada fuga
Que me desmanche enquanto suga
Deixo que me arraste
Que me arrebente e que se afaste
Vem comendo meu desgaste
Me empalando a cada coice
Vem morte, me lambendo a face
E tornando a vida cada vez mais doce
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